DESENVOLVIMENTO DE CAPABILIDADE DE ALIANÇA: ESTUDO DE CASOS DE STARTUPS COM OUTRAS ORGANIZAÇÕES DO ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Nome: GEOVANI ALIPIO NASCIMENTO SILVA

Data de publicação: 28/06/2024

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ADONAI JOSE LACRUZ Examinador Interno
HELIO ZANQUETTO FILHO Presidente
THALMO DE PAIVA COELHO JÚNIOR Examinador Externo

Resumo: Em um mundo globalizado e altamente competitivo, organizações são pressionadas a
se tornarem mais inovadoras e ágeis. Neste contexto, muitas recorrem a parcerias para
acessar recursos essenciais como conhecimento, tecnologia, infraestrutura e capital
financeiro. Neste estudo, o termo "parceria" é usado como sinônimo de "alianças
estratégicas", focando em relacionamentos colaborativos entre duas organizações. A
vantagem colaborativa permite que organizações trabalhem juntas para atingir
resultados superiores aos que alcançariam individualmente, criando sinergias e
alcançando metas desafiadoras. Apesar dos benefícios, aproximadamente metade
dessas parcerias falham, embora as organizações continuem a buscá-las. Isso
evidencia tanto os desafios de estabelecer parcerias de sucesso quanto a falta de
competências necessárias para otimizar tais relacionamentos. Assumindo que as
organizações possuem capabilidades, este estudo foca na "capabilidade de aliança",
definida como a habilidade de gerenciar, integrar e aprender em relacionamentos
estratégicos para alcançar benefícios mútuos. Utilizou-se como estratégia de
investigação um mapeamento das relações de parceria entre as organizações que
compõem o Ecossistema de Inovação do Estado do Espírito Santo, em conjunto com o
estudo de múltiplos casos, que observou o desenvolvimento das dimensões da
Capabilidade de Aliança em 04 relacionamentos. Aplicando a técnica de análise de
conteúdo, a investigação busca responder à pergunta: "Como se desenvolve
capabilidade de aliança em startups com outras organizações operando em um
ecossistema de inovação?" Geralmente utilizada nos relacionamentos da cadeia de
suprimentos, o estudo busca ampliar o campo de pesquisa para os relacionamentos
em redes horizontais. Os achados revelaram que as instituições de ensino e os habitats
de inovação são fundamentais para fomentar a colaboração e o intercâmbio de
informações, enquanto as entidades governamentais emergiram como o principal
financiador de projetos, apoiando a inovação onde o setor privado pode hesitar. Os
resultados também mostraram que um terço das grandes empresas e 40% das startups
não formaram parcerias estratégicas, sugerindo dificuldades em formar ou manter
parcerias de sucesso. A pesquisa identificou que as organizações alcançam maior
consenso na Capabilidade de Gerenciamento de Aliança (CGA), mas enfrentam
desafios nas dimensões de Integração (CIA) e Aprendizagem (CAA). A CGA envolveu
uma abordagem colaborativa na definição de metas e implementação de tarefas,
enquanto a CIA destacou a necessidade de criar laços estruturais e sociais eficazes
para melhorar a integração dos parceiros. A CAA mostrou-se fundamental para a
absorção de conhecimentos, ressaltando a necessidade de melhorias em sua
formalização e aplicação prática. Em suma, o estudo evidenciou que, embora as
organizações estejam predispostas a formar parcerias, as interações entre startups e
grandes empresas são limitadas, indicando uma área para futuras pesquisas.

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