CICLISMO NO ESPÍRITO SANTO: A INFLUÊNCIA DA MORTE NAS PRÁTICAS ORGANIZATIVAS DE PEDALAR
Nome: MORGANA DE FREITAS GUAITOLINI
Data de publicação: 20/05/2024
Banca:
Nome |
Papel |
|---|---|
| ALFREDO RODRIGUES LEITE DA SILVA | Examinador Interno |
| CESAR AUGUSTO TURETA DE MORAIS | Presidente |
| CÍNTIA RODRIGUES DE OLIVEIRA | Examinador Externo |
| LETICIA DIAS FANTINEL | Examinador Interno |
Resumo: O objetivo da pesquisa foi compreender de que maneira a morte se insere nas práticas
organizativas do pedal no contexto do Espírito Santo. Para tanto, utilizou-se a lente
teórica das Teorias das Práticas, elucidando os aspectos dinâmicos da prática, o qual
demonstra-se aderente a estudos em mobilidade urbana e análise de
comportamentos. Por meio de inserções em campo através da técnica de shadowing,
as práticas organizativas dos grupos praticantes de ciclismo urbano foram
acompanhadas, possibilitando a captação de reações espontâneas, e em movimento,
dos elementos que compõem a prática, tanto materiais quanto imateriais, e seus
imbricamentos com a morte. Além disso, foram realizadas entrevistas
semiestruturadas com ciclistas cujas respostas foram tratadas e tematizadas a
posteriori, e analisadas, ainda, utilizando o procedimento de análise em espiral. Os
achados da pesquisa contribuíram para elucidar de que maneira competências,
materiais e significados são impactados pela morte e como os links entre esses
elementos apresentam-se como estratégias cotidianas para driblar os riscos de morte,
no contexto do ciclismo urbano capixaba. Os dados elucidaram que os sujeitos
ciclistas performam ações no sentido de protegerem-se e manterem suas bikes
confiáveis; elaboram estratégias planejadas sobre sua navegação pela cidade;
comportam-se e posicionam-se de modo a reivindicar seus espaços e a preservar sua
integridade física face aos perigos cotidianos. Portanto, do ponto de vista teórico, esta
pesquisa permitiu avançar na noção das dinâmicas que constantemente recompõem
o organizar da prática de pedalar e como o imbricamento com a morte molda esse
organizar, sob a perspectiva dos estudos organizacionais
