ARTICULAÇÃO DE COMPETÊNCIAS COLETIVAS: ESTUDO DESCRITIVO SOBRE O
FÓRUM DE GESTÃO DE PESSOAS DO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO– IFES
Nome: FABRICIO RAMOS DOS SANTOS
Data de publicação: 29/04/2024
Banca:
Nome | Papel |
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JULIANA CRISTINA TEIXEIRA | Presidente |
PRISCILLA DE OLIVEIRA MARTINS DA SILVA | Examinador Interno |
VÂNIA APARECIDA REZENDE | Examinador Externo |
Resumo: Ao longo das revisões que ocorrem no entendimento das competências, surge a necessidade
de investigar esse fenômeno no contexto das práticas de grupos e coletivos dentro das
organizações, em contraste com as abordagens tradicionais que priorizam a dimensão
individual e organizacional das competências. Sob uma perspectiva teórica interpretativa, as
competências coletivas são caracterizadas pela influência do contexto organizacional e dos
arranjos sociais nos quais a atuação coletiva se sobrepõe à atuação individual, sendo
marcadas por uma polissemia de conceitos e metodologias. No contexto da administração
pública no Brasil, a percepção sobre competências é considerada complexa e são poucos os
estudos científicos que buscam compreender o fenômeno em sua dimensão coletiva. Nesse
sentido, o presente estudo teve como foco o FGP-Ifes (Fórum de Gestão de Pessoas) do Ifes
(Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo) e seu objetivo
principal foi analisar a articulação das competências coletivas no FGP-Ifes, por meio dos
relatos dos sujeitos que atuam em seus grupos de trabalho. A análise revelou as possíveis
competências coletivas do FGP-Ifes, destacando-se a troca de ideias, a comunicação eficaz,
a diversidade de olhares, o comprometimento com o trabalho coletivo, a construção de
relacionamentos interpessoais e a capacidade de estabelecer consenso. No entanto, alguns
fatores podem prejudicar a articulação dessas competências, tais como a ausência de
comprometimento subjetivo, resistências às opiniões divergentes e problemas de
comunicação. A reflexão principal do estudo recai sobre a relação entre os resultados obtidos
em campo e a política orientadora sobre competências na gestão pública. Pôde-se perceber
que essa relação é permeada por diferenças que decorrem de uma possível coexistência das
visões funcionalistas e interpretativistas sobre competências na prática organizacional.
Como contribuição principal, o estudo levanta a possibilidade de inovar na aplicação da
PNDP (Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas), sugerindo uma abordagem mais
ampla e interpretativa. Dessa forma, a pesquisa aponta para a importância de considerar as
competências coletivas na gestão pública, além de propor flexibilidade e adaptação às
necessidades emergentes do trabalho.