Reis do camarote: representações sociais e espaços organizacionais de uma casa noturna elitizada de Vitória -ES

Nome: FELIX GOMES DE OLIVEIRA JUNIOR
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/07/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LETICIA DIAS FANTINEL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CÉSAR AUGUSTO TURETA DE MORAIS Examinador Interno
LETICIA DIAS FANTINEL Orientador
MARINA DANTAS DE FIGUEIREDO Examinador Externo

Resumo: O propósito deste estudo é compreender o processo de produção do espaço de uma casa noturna elitizada de Vitória – ES a partir das representações sociais dos agentes de fronteira que trabalham na organização. Para chegar a tal objetivo, busquei aporte na teoria das representações sociais e dos estudos dos espaços organizacionais. A teoria das representações sociais pode contribuir para a compreensão de um fenômeno social pela visão dos sujeitos pesquisados, buscando em suas falas compreender como eles compreendem algo ou alguma coisa. Os estudos de espaço também podem contribuir para a compreensão de um fenômeno social buscando compreender como os espaços podem ser socialmente utilizados, inclusive, como demonstração de poder. Para alcançar tais objetivos, foi utilizado a técnica de pesquisa shadowing e entrevistas. O local escolhido foi uma casa noturna elitizada e chamei de agentes de fronteira os funcionários que lidam diretamente com a entrada
e controle dos clientes na organização: promotores de eventos, hostesses e
seguranças. As representações sociais surgiram de três categorias de análise: os espaços da casa noturna, as funções dos agentes de fronteira e os clientes. Os resultados alcançados demonstram que as representações dos agentes de fronteira para a produção dos espaços são materializadas nos corpos dos funcionários. Estes corpos são artefatos simbólicos, que representam beleza e força por meio das representações circulantes na sociedade, que produzem os espaços da casa noturna. O simbolismo do local e das representações sobre a casa noturna pesquisa seleciona os clientes previamente, o que já segrega os clientes que frequentam esta casa. Já os corpos dos funcionários materializam as representações dos agentes de fronteira que circulam na organização, sendo simbólico para produzir os espaços da casa noturna. Portanto, as representações sociais dos agentes de fronteira afetam os seus corpos em sua aparência, sua vestimenta e seus comportamentos, produzindo tolerância e sofrimento ao lidar com clientes.

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