Mecanismos de Governança Corporativa na Pequena Empresa Familiar
Nome: DIÊGO DE MARCHI
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/08/2014
Orientador:
Nome | Papel |
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ANNOR DA SILVA JUNIOR | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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BRUNO FELIX VON BORELL DE ARAUJO | Examinador Externo |
ALFREDO RODRIGUES LEITE DA SILVA | Examinador Interno |
ANNOR DA SILVA JUNIOR | Orientador |
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo descrever e analisar como o fenômeno da governança corporativa articula mecanismos de gestão e impacta na dinâmica de uma pequena organização familiar. Para isso, utilizou-se as perspectivas de Fan (2001) e Silva Junior (2006), que tratam da governança corporativa, e de Chandler (1994), para empresas familiares. Através de abordagem qualitativa com ênfase em um estudo de caso, uma triangulação de dados foi realizada, utilizando a entrevista
semiestruturada, observação assistemática ou livre e pesquisa de documentos, e a análise dos dados foi realizada por análise de conteúdo. Verificou-se a presença do fenômeno da governança por intermédio da identificação dos fatores de diferenciação, resultando na implantação de mecanismos de governança ao longo do ciclo de vida da organização familiar, o que possibilitou mudanças em seu controle, no seu processo sucessório e na sua profissionalização. Quanto ao controle, foram verificados que os mecanismos de manutenção do status quo,
aconselhamento profissional, sinergia de interesses, regulamentação financeira da sociedade, atribuições e responsabilidades, alinhamento de interesses do negócio e proteção do empreendimento familiar possibilitaram a modificação e manutenção do controle da empresa com os sócios. Quanto ao eixo da profissionalização, foi verificado que os mecanismos de regulamentação financeira da sociedade, atribuições e responsabilidades, alinhamento de interesses do negócio, proteção do empreendimento familiar e atenção aos interesses dos
stakeholders foram responsáveis por prover as modificações neste quesito e indicar que a empresa caminha no sentido de se profissionalizar. Quanto ao processo sucessório, verificou-se que a terceira geração não tem interesse na empresa, o que podem resultar na contratação de um profissional externo para gerir a mesma, respeitando a questão dos valores familiares e a cultura organizacional ou conduzir
à sucessão recursiva. Aparentemente, observou-se que a segunda questão foi mais evidente, visto que a saída do último irmão do negócio culmina com a venda da empresa familiar, gerando duas alternativas: a compra da empresa por um grupo de sócios ou outra empresa não familiar, o que resultaria na morte da empresa enquanto empresa familiar; ou a sua compra por outra família ou empresa familiar,
preservando sua classificação inicial.