Travestilidades e Trabalho: Estigma, Trabalho e Identidade de Travestis

Nome: WILLEY MAX DE PINHO COSTA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/02/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ELOÍSIO MOULIN DE SOUZA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ELOÍSIO MOULIN DE SOUZA Orientador
JULIANA CRISTINA TEIXEIRA Examinador Interno
MARCUS VINICIUS SOARES SIQUEIRA Examinador Externo

Resumo: As travestis são alvo de estigmatização, violência e impedidas de ingressarem no
mercado de trabalho devido às suas identidades não serem conformes com a matriz
cisheterossexual, que reconhece apenas sujeitos inseridos dentro da lógica binária
de gênero, enquanto deslegitima e nega outras formas de existência, transformando
os sujeitos em abjetos, indivíduos anormais. O objetivo dessa dissertação é, sob o
olhar da Teoria Queer e da concepção de estigma, analisar como as relações de
poder impactam na produção do estigma de travestis e consequentemente no
mercado de trabalho para elas, bem como a maneira que os estereótipos acerca
desse grupo são reforçados no contexto do trabalho. Partindo de uma ótica pósestruturalista, este estudo vê as identidades como fluidas e não essencialistas, e
questiona os discursos hegemônicos por meio dos conceitos sobre poder de
Foucault e com o apoio da analítica queer e sua principal contribuinte: Judith Butler.
A coleta de dados foi efetuada por meio de entrevistas semiestruturadas com dez
sujeitos de pesquisa, acessados por meio da técnica Bola de Neve, além do uso de
notas de campo de forma complementar. Os dados foram analisados por meio da
técnica de categorização temática da Análise de Conteúdo de Bardin (2013), com o
auxílio do software “Atlas Ti”. Como conclusões, a pesquisa apontou que os
aspectos do estigma que invisibilizam as travestis estão presentes no trabalho, além
da constatação da ineficiência das políticas de inclusão de pessoas trans nas
organizações. Os estereótipos sobre as travestis estão muito arraigados na mente
das pessoas, e poder não apenas foi capaz de reproduzir o estigma, mas criou um
ciclo vicioso em que o estigma alimenta mais estigma. O engajamento político é a
principal característica da identidade da travesti, e as redes de apoio mútuo e a
criação de espaços feitos por e para pessoas trans, como “ONGs” podem indicar
novas formas de organizações plurais e equânimes

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910