GESTÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO: APRENDENDO DE EXPERIÊNCIAS.

Nome: MISLEYDE BASTOS PORTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/12/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCILAINE MARIA PASCUCI Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIORGENES FALCÃO MAMEDIO Examinador Externo
LUCILAINE MARIA PASCUCI Orientador
RUBENS DE ARAÚJO AMARO Examinador Interno
VICTOR MEYER JUNIOR Examinador Externo

Resumo: Processos de inovações em organizações incentivam conexões e detectam
oportunidades que possam ser aproveitadas. Com foco no gerenciamento do
processo de inovação, este estudo investigou como o processo de inovação pode
contribuir para o aprendizado e desaprendizado organizacional. Adotou-se como
base teórica conceitos relativos à gestão da inovação organizacional, aprendizado
e desaprendizado, tendo como foco o processo. Trata-se de um estudo de
natureza qualitativa, descritiva e explicativa que teve como campo empírico o
programa de inovação iNO.VC, capitaneado por uma empresa multinacional.
Dados foram coletados por meio de entrevistas etnográficas, observação não
participante e documentos. Os dados foram analisados por meio de técnicas de
análise de narrativa e análise documental. A análise revelou que o processo de
inovação investigado promoveu relevantes cooperações e colaborações entre a
organização, startups, governo e Academia, resultando em inovações que
geraram novas tecnologias e melhorias de processos aos envolvidos. Verificou-se
maior resistência às inovações na dimensão disruptiva; já as inovações na
dimensão incremental obtiveram maior aceitação, mesmo tendo a rotina como um
dificultador do processo. Confirmou-se que, quanto mais estreita a relação entre
os agentes internos e externos, maior a disponibilidade para colaboração e
cooperação no desenvolvimento da inovação. O estudo destacou a importância do
aprendizado e desaprendizado no processo de inovação. Ou seja, o ato de inovar
gera, simultaneamente, aprendizado e desaprendizado, os quais se iniciam no
âmbito individual (por meio da identificação do problema e ideação da resolução),
compartilhado com o grupo responsável pelo desenvolvimento da inovação que,
após absorvido, dissemina-o potencializando o aprendizado organizacional.
Resultados demonstram o desaprendizado como um obstáculo à inovação devido
ao forte apego a valores e crenças organizacionais, bem como a antigos e já
obsoletos conhecimentos. Ou seja, uma convicção da impossibilidade de
“desaprender” e eliminar conhecimento. Tal resistência demonstrou ser um
dificultador da inovação na organização investigada, tornando sua disseminação
mais lenta. Por fim, o estudo demostrou que quanto mais a organização inova,
mais aprendizado e desaprendizado são produzidos e compartilhados por meio do
incentivo a prática reflexiva, potencializando uma evolução orgânica do
aprendizado.

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