Do the central neighborhoods of a metropolitan area need shops and housing to have a good image, attractiveness and well-being for the neighborhood? A study based on geoprocessing of data

Summary: Raramente a centralidade das cidades são questionadas em relação à sua importância para o desenvolvimento regional, no entanto, entender as especificidades de como as cidades impactam o desenvolvimento regional continua sendo uma questão teórica e analítica crítica para os estudos regionais. As cidades são claramente importantes motores do crescimento econômico, mas as implicações de seu papel e função são incertas, tanto socialmente (para pessoas) quanto espacialmente para lugares. Embora os urbanistas ao redor do mundo têm argumentado que as cidades representam nada mais do que “a maior invenção da nossa espécie” (Glaeser, 2011, p. 6), os verdadeiros desafios analíticos para os interessados ​​na centralidade das cidades para desenvolvimento regional não é a importância das cidades, mas interrogando o que está em jogo. A sabedoria convencional sugere que os três Cs de cidades compactas, concentradas e conectadas são fundamentais para impulsionar a competitividade e promover a coesão.
A partir da década de 1970, os pesquisadores têm lutado para alterar as teorias existentes a fim de mudanças nas hierarquias do varejo, por exemplo, devido à suburbanização do varejo e à expansão urbana. Não só habitação, mas também comércio e outros serviços privados e públicos (cultura, lazer, educação, saúde, etc.) espalham-se dos centros urbanos tradicionais para a periferia. No mundo ocidental, isso se tornou mais evidente nos Estados Unidos, onde a desconcentração tem sido abundante desde a década de 1950 (Dyer, 2002; Lord & Guy, 1991; Nayga & Weinberg, 1999). Na Europa Ocidental, essas tendências foram mitigadas por políticas restritivas de varejo (Cant, 2019; Fer nandes & Chamusca, 2014; Guimarães, 2016). Os legisladores da União (UE) introduziram restrições políticas nacionais de varejo (Korthals Altes, 2016), embora os efeitos sobre os padrões geográficos de varejo permaneçam modestos.
Enquanto países como Holanda e Alemanha conseguiram controlar a desconcentração, a Bélgica foi confrontada com uma significativa desagregação retalhista-residencial (Cant, 2019). Naturalmente, tal desconcentração só foi possível devido a evoluções nas opções e preferências dos consumidores. Outro fragmento do varejo é o run shopping, que surgiu como um complemento comum para fun shopping. A Europa refere-se ao aspecto de lazer do varejo de bens de luxo como geralmente apreciado em locais urbanos históricos e centrais (shopping centers fora do centro são relativamente raros no contexto europeu; Guy, 2007), o run shopping concentra-se na eficiência: dirigir para shoppings fora da cidade focados no varejo de alimentos e produtos volumosos, onde as compras são organizadas de forma racional e eficiente. Economias de escala e escopo (Basker et al., 2012; Guy et al., 2005; Reutterer & Teller, 2009) nos empreendimentos típicos de big box garantem sortimentos baratos e diversificados, enquanto uma localização próxima a uma estrada principal e com amplo estacionamento garante conveniência.
Finalmente, sofa shopping surgiu com o comércio eletrônico. Esse tipo de compra enfatiza ainda mais a eficiência (Kirby-Hawkins et al., 2019), embora certamente ainda não seja onipresente e estes os clientes ainda encontram jovens, bem-educados, ricos e homens (Beckers et al., 2018; Clarke et al., 2015; Kirby-Hawkins et al., 2019). Essas evoluções vem desenvolvendo um varejo de fluxos fragmentados. Considerando essas mudanças em países desenvolvidos, a globalização das regiões metropolitanas, entender como a organização tradicional do lugar central do varejo, desenvolvido em interação com mudanças sociais e tecnológicas altera a resiliência hierárquica urbana tradicional.
O crescente bem-estar, mobilidade e tempo livre mudaram a relação tradicional entre o peso de morar mais próximo da região central de compras e serviços ou mais distante deles, mas servido por regiões satélites de compras e prestação de serviços, menos diversificados, mas que atendem as necessidades de conveniência. Essas localizações costumam apresentar mais espaço livre, melhor harmonização entre moradias e infraestrutura urbana. Com base na Central Place Theory, a centralidade das cidades e a sua atratividade dependem da convivência de aglomerados centrais e satélites.
Assim, o varejo nas cidades e centros urbanos experimentou forças de aglomerações de varejo e serviços descentralizadas, como shopping centers e, mais recentemente, de canais online (Jones & Livingstone, 2018), além das propostas de moradia em condomínios ao redor das grandes cidades. Considerando as populações de menor poder aquisitivo, muitas cidades no Brasil, planejaram bairros fora das regiões centrais, o que diminui os custos dos aluguéis, mas diminui o bem estar dessas populações na medida em que elas não têm acesso a todos os serviços necessários e empregos próximos da sua residência. Retornando aos grandes condomínios, o afastamento das residências das famílias mais ricas também cria um problema de locomoção nas grandes cidades brasileiras.
Novos centros de compras, condomínios, bairros planejados e uma dificuldade crescente de deslocamento acabam competindo com as regiões tradicionais centrais das cidades e levou a uma diminuição da atratividade dos centros das cidades como destinos de compras para os clientes (Wrigley & Lambiri, 2014). Mais amplamente, esses centros estão em risco de ver uma diminuição de sua função tradicional − como um lugar onde vários grupos de usuários do local (por exemplo, moradores, proprietários de empresas, visitantes e turistas) possam vender, comprar, consumir e conviver e conhecer (Powe & Hart, 2008). A diminuição do valor das regiões centrais tem relação com uma perda proporcional de imagem e pode ser discutida com base em place branding, que traz a discussão de marca para um olhar do local ou localização. Daí, a questão sobre o que pode melhorar a marca de uma região, uma vila ou cidade, em termos de experiência do cliente, tornou-se cada vez mais importante para a cidade e gestores da cidade (Hart, Stachow, & Cadogan, 2013). Lucarelli e Berg caracterizaram como uma perspectiva sobre a produção do lugar e marcas – ou seja, um foco em como produzir, criar e gerenciar uma marca, bem como como organizar e governar um processo de branding. Para gerenciar, comercializar e marcar efetivamente um lugar urbano, é vital apreciar as características distintivas dessa marca de lugar urbano em relação a concorrentes e focar nos pontos de vista de vários grupos de usuários do local
(Hospers, 2006;Hultman, Yeboah-Banin, & Formaniuk, 2016 ), refletindo assim a complexidade necessária para entender os ecossistemas urbanos (Zenker, 2011).
As regiões centrais das grandes cidades sofreram com o crescimento não planejado das regiões metropolitanas, o lobby dos grupos empresariais dos segmentos imobiliários e a falta de organização dos trabalhadores e comerciantes dessas regiões. Assim, o movimento para fora do centro ocorreu sem um olhar para uma nova funcionalidade dessas regiões. A migração dos grandes escritórios, funções burocráticas das cidades (departamentos das prefeituras, tribunais), moradores com maior condição financeira, e na sequência grandes lojas, cinemas provocou o esvaziamento social e econômico dos centros. Essa realidade não ocorreu da mesma forma em todas as regiões metropolitanas do Brasil. Mesmo dentro de uma mesma região metropolitana, os centros das cidades podem ser mais atrativos do que outros. O que explica essas diferenças? A hipótese central deste estudo é que microrregiões de centros das cidades que conseguiram alinhar atributos do aglomerado varejista (especialização), imagem do local (place branding) e valor dos imóveis de moradia tiveram como consequência maior atratividade. Assim, os atributos dos aglomerados varejistas influenciam o bem-estar da vizinhança dos centros de cidades das regiões metropolitanas e incrementa o place branding do local. O bem-estar e o place branding explicam a atratividade de microrregiões de centros de cidade do Brasil.

Starting date: 01/03/2023
Deadline (months): 24

Participants:

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Coordinator * MARCELO MOLL BRANDÃO
Student Master * THIAGO DE ANDRADE GUEDES
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