Prática de Gestão Educacional: Narrativas de Ex-secretários Municipais

Nome: JEFERSON MARGON
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/03/2016

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ALFREDO RODRIGUES LEITE DA SILVA Examinador Interno
GELSON SILVA JUNQUILHO Orientador
JAIR NASCIMENTO SANTOS Examinador Externo

Resumo: Os estudos sobre gestão no que tange às organizações educacionais no Brasil tem se mostrado como estando predominantemente ao nível de análise das unidades de ensino, ou seja, referem-se à gestão escolar. Diferentemente, este trabalho se propôs a fazer uma discussão acerca da gestão ao nível de sistemas de ensino, ou seja, ao nível de secretarias de educação. Assim, o objetivo desta dissertação foi entender, a partir de relatos de experiências vivenciadas por três ex-secretários municipais de educação, como se configuram fragmentos da prática de gestão educacional. Para tanto, os dados necessários para a realização dessa proposta foram coletados a partir de entrevistas narrativas com três ex-secretários de educação. Como resultados da pesquisa, empreendeu-se que, em função de seu caráter relacional, a gestão educacional se apresenta como um fenômeno que tem a articulação como aspecto fundamental, uma vez que não se configura como uma prática restrita ao gestor e sobre total controle deste, mas, ao contrário, se apresenta muito mais como um fenômeno dinâmico permeado por influências de diversos personagens, como diretores escolares, alunos, pais/responsáveis, comunidade do bairro, Prefeito, vereadores, entre outros. Além disso, a prática de gestão educacional se mostrou como um fenômeno o qual “transita” por cenários caracterizados pela incerteza e volatilidade no que se refere aos seus modos de organização, de maneira que, por estarem inseridos em contextos dinâmicos e emergentes, os secretários de educação relataram ser constantemente “engolidos” pelas demandas que surgem de maneira inesperada, o que faz com que o praticar da gestão educacional extrapole o planejado e o prescrito. Como consequência, observou-se que a prática de gestão educacional demanda destes gestores a vivência constante do cotidiano das unidades de ensino da rede, tendo visto que, além de impactar positivamente nos aspectos relacionais junto a sujeitos como diretores, professores e pedagogos, esta postura se mostrou como benéfica para que os secretários praticassem sua gestão de maneira alinhada às especificidades de cada unidade escolar em detrimento de uma gestão descolada de suas realidades. Assim, por estarem imersos em múltiplas realidades de caráter emergente e relacional, esses gestores estão continuamente reconfigurando diferentes aspectos de sua prática em um contínuo processo de “vir a ser gestor”.

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